segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

The Designers Accord

Mais uma iniciativa se apresenta para o Design. Um movimento chamado The Designers Accord circula por entre as grandes firmas de design mundial, e chega aos poucos às pequenas. Este movimento prega a discussão sobre sustentabilidade, social e ambiental, na prática do Design. Vale a pena participar, ou pelo menos conferir. www.designersaccord.org

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O pai do filho!

Atuar em uma área onde a escassez de personagens gera uma corrente de egos tão profunda e intensa é por demais desgastante, e uma destas correntes é o de quem é o filho que ai se apresenta.
Os idealistas da era industrial, ou da era ´bauhausiana´, nunca imaginaram que a ferramenta que desenvolveram (design) pudesse hoje estar sendo associada justamente ao contrário do que eles pensavam com a produção de massa. Design pode sim ser utilizado para gerar retorno não só social mas sim econômico para esta massa, não só gerar produtos que os satisfaçam, e mais especificamente para a massa que não tem acesso à esta produção. E esta vertente de aplicação do design, que aqui o chamo de Design Social, seguindo as referências do Social Design Network, está hoje sendo o grande diferencial desta mudança de atitude de consumo e/ou atuação perante aos grupos produtivos (industriais ou manufatureiros). Novas relaçoes produtivas estão se formando gerando novos produtos, com novos focos de mercado e novas maneiras de inserção, concorrendo de forma análoga aos produtos de massa.
E a pouco me veio uma questão: quem é o pai deste filho?
Mas de pronto meu outro neurônio me respondeu: de todos! Não podemos ficar discutindo detentores de uma evolução que só trará benefícios à sociedade. Ficar colhendo louros ou créditos para algo que é social, é um contrasenso ao que a metodologia de trabalho prega. Quando se trata de algo que retorna, que é participativo, que é multidisciplinar, não há um crédito. É domínio público.
Não entrarei em discussão sobre isso, comparando uma atuação que evolui a cada dia com algo que pode ser patenteado e cobrado direitos autorais. Comparando uma atuação que gera um retorno social imenso com o redesign do copo de vidro dos idos da Marinha Grande (Portugal) até nosso copo americano, e principalmente que é o detentor desta patente.
Como designer minha função é dar retorno sim para o usuário, e este é tanto o comprador final como o fazedor de tal manufatura, no caso, comunidades e grupos produtivos ansiosos por uma oportunidade de acessar a tal modernidade que só vêem na tv (e olhe lá!).