Um momento de discussão sobre Design Social no Brasil. A moment of discussion on Social Design in Brazil.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Discussões sobre sustentabilidade
O que eu realmente acho é que estamos deixando de olhar a ponta, seja a ponta interna, o beneficiário das ações de desenvolvimento social, ou seja a comunidade, seja a ponta externa, os (possíveis) interessados nos resultados/produtos deste desenvolvimento, ou seja, a comunidade. Entes distantes em uma esfera econômica, mas que fazem parte da mesma esfera globalizada.
Acho, sim, que é possível termos desenvolvimento social com um olhar voltado para o mercado de massa, senão for assim, como poderemos concorrer com a China e a Índia, ou mesmo mais próximo, com o Paraguai. Como poderíamos manter uma estrutura de comercialização, ou criar uma base de negócios que visem escoar a produção social, sem que haja um mercado conscientemente formado. Ou mais, como criar este mercado consciente, que concorre com o esfomeado mercado de massa, sem utilizar das mesmas armas.
Em recente depoimento de uma proprietária de loja que vende produtos culturais, se houveram duas palavras positivas com relação a este mercado, foi muito. Estruturas de comercialização de produtos sociais financiadas pelo dinheiro público existem várias, e subsistem imagino não pelo seu objetivo fim (comercialização, entrega de um bem a alguém que o deseja), mas pelo seu objetivo meio (apoiar desenvolvimento sócio-econômico). E ai me volta a pergunta: isto é sustentabilidade? Ou sustentabilidade seria termos em um mesmo patamar de concorrência uma Fanta produzido em Limeira (SP) e um Suco de Goiaba produzido no assentamento de Arataca (BA), possibilitando ao consumidor opções de escolha livres e democráticas.
Espero poder aprender como é possível criar este mercado consumidor consciente, sem que haja um apadrinhamento institucional, coisa que acredito não ser benéfica quando ocorrência continua, criando este mercado consciente e justo que só leio hoje em manuais e reportagens sobre iniciativas, mas que no dia a dia ainda está meio nebuloso para minha vista.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Paralela Gift 2011 e suas tendências
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmSnOz_U9SnDdkJ9j5BxIs6g4dPPOomdSB0k10JSeiDycbmjKkZk033529Ai97SFdg8BNNIgOU9mTgM_nUgfuNzGd5gCkdy8ZbxKH8SyN7QOgwgfJ1J2-_WxX31lKj5pfbOd_eONKoMGI/s200/Paralela+Gift+2011+002.jpg)
Estavam presentes no evento alguns coletivos de artesanato, entre eles o mineiro e o gaucho, ambos com o apoio do Sebrae, e outros menores, em stands individuais. Destes coletivos a apresentação se mostrou bem organizada, mas sem apelos de mercado como ambientes montados, iluminação cênica, visualização de uso dos produtos. Entre os stands de designers, forte tendência de uso de materiais industrializados junto com os naturais, embora a maioria com o discurso de sustentabilidade e respeito ecológico. Apenas dois stands na APUD2011 representavam produtos de grupos que trabalham com responsabilidade social (alocados no canto mais ´discreto´ possivel). Com relação a parte de comercialização, noto que este é um evento de negócios, e não venda direta, o que faz com que seus participantes devam ter consciência de sua capacidade de produção e também de uma atitude mais profissional perante o mercado. A concorrência industrial (APUD2011) no andar de cima é pesada.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Shopping Center: opção de Lazer!?
Após a babá eletrônica (a TV e os programas infantis), teremos agora as Creches Multi-Mix!
Educandários de futuros consumidores...
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
SINGULARIDADE
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Design como Meio
Há um interesse do mercado em produtos originais e de apelo regional, atrelado à estética ou moda contemporânea.
O design vem a atender esta demanda como ferramenta de agregação de valor e de organização produtiva, apoiados por investimentos de instituições públicas e do terceiro setor que investem no melhoramento dos produtos sociais.
A questão que se apresenta é se a intervenção do design no produto social se sustenta após o final da intervenção e lançamento dos produtos no mercado. Ou se representa um momentum na vida das comunidades que vêem naquele profissional ´estrangeiro´ a tábua da salvação.
Em entrevistas realizadas para uma pesquisa própria sobre a situação das comunidades após intervenções de design, em comunidades no semi-árido e no recôncavo, viu-se que o conhecimento adquirido ficou restrito ao saber técnico manual, sendo o conceito de design como ferramenta projetual e de agregação de valor assimilado por muito pouco dos artesãos entrevistados.
O design, enfim, tem atuado como facilitador das intervenções de melhoria produtiva, tal qual seria um engenheiro ou um psicólogo. Seu papel está não no fato de ser, por si só, um agregador de valor, mas para a comunidade, design é o agente de melhoria do seu produto ou uma forma de ´abrir a mente´ para novos olhares.